A Arca e a História
A Bíblia não é o único livro que trata do dilúvio, existem mais de 250 relatos espalhados pelo nosso planeta, entre os chineses, aborígenes da Austrália, pigmeus na África, gregos e até índios no Brasil teriam uma história bem semelhante para contar, mesmo sem nenhum contato entre eles essa história está presente. Na história de todos eles encontram-se os mesmos elementos: um homem que salvou os animais em um barco por causa de uma grande inundação causada pela ira dos deuses.
O mais próximo do relato bíblico é o Poema Épico de Guilgamesh, conta que Guilgamesh, rei de Uruk, passou por várias aventuras, incluindo o seu encontro com Utnapishtim, o único sobrevivente do grande dilúvio, o texto pode ser encontrado no Texto da Acádia, datado do II Milênio a.C.
Para validar mais ainda o texto, o Prof. Ph.D James O. Buswell diz:
“Os paralelos entre o material do dilúvio de Gênesis e o dilúvio dos Babilônicos é muito parecido para ser puro acidente ou coincidência verbal”
Flávius Josephus, historiador do século I A.D, menciona o dilúvio em seu livro As Antiguidades dos Judeus, ele diz que existe uma cidade da Armênia onde pode ser encontrado utensílios utilizados por Noé e sua família, escrevendo assim:
“Contudo, os armenianos chamam este lugar O Lugar do Descendente; pois a arca tendo sido salva naquele lugar, as suas relíquias são mostradas ali pelos habitantes até o dia de hoje.”[1]
(Livro I, Capítulo III, Parágrafo 4)
Onde Estaria a Arca?
O monte Ararate é o lugar onde a Bíblia diz que repousou a arca logo após o dilúvio, esse monte está localizado entre as fronteiras da Turquia, Irã, Armênia e Nachivan(Azerbaijão), na verdade é uma cadeia montanhosa, não é uma montanha específica. Nessa cadeia montanhosa existem dois montes que se destacam, sendo eles o Ararate maior e o Ararate Menor. O monte Ararate Maior é uma das maiores montanhas do mundo (nível de volume – massa), tem 5.165 metros, de origem vulcânica e calota de gelo de cerca de 32Km2.
Existem inúmeros relatos modernos de pessoas que alegam ter visto a arca de Noé, cerca de 200. Dos relatos destacarei aqueles que julguei serem mais curiosos:
· Em 1856, três cientistas ingleses incrédulos, e dois armênios localizaram a arca. Os guias armênios foram ameaçados de morte se revelassem o descobrimento. Anos depois, um deles, Haji Yearam, em seu leito de morte na Califórnia, em 1918, confessou a seu enfermeiro, Harold Williams, ter visto a arca. Em um diário de Boston, mais tarde o mesmo Williams leu que um daqueles cientistas também havia feito uma confissão semelhante pouco antes de sua morte, na Inglaterra, confirmando assim o dito por Yearam.
· 1883 - O governo turco convidou o glaciólogo inglês Gascoyne para encabeçar uma expedição a fim de determinar a causa de uma avalanche na montanha. Quando explorava a montanha, encontrou a arca e entrou nela, rompendo o gelo de seus compartimentos. Estes expedicionários acharam jaulas suficientemente grandes para alojar dinossauros, e também encontraram um diário de navegação inscrito em uma das paredes. Este descobrimento foi publicado em um dos diários dos Estados Unidos da América.
· 1953 - Jorge Greene, um explorador de minerais, de Corpus Christi, Texas, obteve permissão para voar em um helicóptero sobre a área, à procura de minério. Enquanto voava, avistou a arca e a fotografou com um equipamento potente. Mostrou estas fotografias a amigos, incluindo a Frederick Drake, de Kanab, Utah, em 1954. Ao ver estas fotografias, Drake avisou o geólogo Clifford Burdick em 1967. Naquela ocasião Jorge Greene tinha morrido, ou havia sido assassinado, e as fotografias desaparecerem. Pelo menos trinta pessoas testificaram tê-las visto.
· 1915-1916 - Um aviador russo, o tenente Zabolotsky, afirmou ter visto a arca enquanto voava sobre o Ararat. O czar da Rússia enviou duas expedições investigadoras. Um grupo de cinqüenta pessoas viu a arca na encosta do lado leste. Outro grupo de cem pessoas, que se aproximou do lado oeste da encosta, encontrou a arca e entrou nela. Um pouco depois estourou a revolução bolchevista e os documentos foram destruídos ou escondidos. Quatro membros deste grupo fugiram para a América. A história deles foi relatada a Eryl Cummings, de Farmington, Novo México, que havia dedicado muito tempo, esforço e dinheiro em busca da arca.[2]
Cronologia do Dilúvio
· 1915-1916 - Um aviador russo, o tenente Zabolotsky, afirmou ter visto a arca enquanto voava sobre o Ararat. O czar da Rússia enviou duas expedições investigadoras. Um grupo de cinqüenta pessoas viu a arca na encosta do lado leste. Outro grupo de cem pessoas, que se aproximou do lado oeste da encosta, encontrou a arca e entrou nela. Um pouco depois estourou a revolução bolchevista e os documentos foram destruídos ou escondidos. Quatro membros deste grupo fugiram para a América. A história deles foi relatada a Eryl Cummings, de Farmington, Novo México, que havia dedicado muito tempo, esforço e dinheiro em busca da arca.[2]
Cronologia do Dilúvio
1. 371 dias (53 semanas) da entrada de Noé na arca até sua saída.
2. 150 dias de inundação, sendo 40 dias de enchentes e 110 dias a deriva.
3. 221 dias de escoamento sendo:
· 73 dias: arca presa nas montanhas do Ararate.
· 40 dias: aparecem os cumes das montanhas.
· 21 dias: experiência com o corvo e a pomba.
· 29 dias: observação.
· 29 dias: preparo para sair da arca.
(Baseado na versão contada pela Bíblia Sagrada Cristã)
Como Noé Colocou Todos os Animais na Arca?
A Bíblia conta que Deus mandou Noé colocar um par de cada espécie impura e sete pares de animais puros(Gen 7.2) na arca, mas como caberiam tantos animais na arca? Seria possível?
Pra responder essa pergunta vamos começar com as dimensões da arca (Gen. cap 6, vers. 15 e 16):
· 300 côvados de comprimento, equivalente a 133,5 metros.
· 50 côvados de largura, equivalente a 22,25 metros.
· 30 côvados de altura, equivalente a 13,35 metros.
Vamos fazer uma comparação dimensional da Arca de Noé, estima-se que a arca tinha:
· Volume: 40.500m3
· Peso Bruto: 13.900 toneladas
Comparado a:
· Prédio de 67 andares (200 m2 por andar)
· 3400 jaulas de 12 m3
· 3970 carros VW Fox (aproximadamente 10 m3)
Conhecendo as dimensões da arca, ficará mais fácil de responder a pergunta proposta, vejamos:
Com as dimensões propostas acima, seria possível transportar 120.000(cento e vinte mil) animais do tamanho de uma ovelha dentro da arca.
Hoje são conhecidas cerca de 1300000(um milhão e trezentos mil) espécies.
Das 1300000 espécies, 900000 (novecentos mil) são insetos, 300000(trezentos mil) são peixes, é fácil saber que Noé não colocou insetos e peixes na arca, e mesmo que levasse os insetos, esses ocupariam espaço desprezível ao resulto final de onde quero chegar.
Somando tudo sobrariam 100000(cem mil) espécies, entre anfíbios, répteis, mamíferos e aves, dentro da arca. Lembremos que a palavra espécie na Bíblia não tem o mesmo significado que na taxionomia moderna, na Bíblia a palavra espécie significa tipo básico, assim não precisaríamos colocar todos os animais e suas variações, apenas os tipos básicos de cada um, por ex. Noé não precisaria levar cães, lobos, hienas, coiotes etc. isso são variações, ele apenas levaria o tipo básico, como um casal do animal que proporcionasse a variação acima citada.
Se pegar os tipos básicos entre anfíbios, répteis, mamíferos e aves, não passam de 8000(oito mil), mesmo que se multiplique pelos pares, ainda assim sobraria espaço, lembrando que na arca cabiam 120000 animais do tamanho de uma ovelha.
Outro detalhe a ser observado é que não se transporta animais adultos e sim filhotes, o que diminuiria drasticamente o espaço ocupado pelos animais na arca.
Conclusão
Não estou afirmando categoricamente que o dilúvio universal existiu, no entanto, vemos que é totalmente plausível e possível que a história bíblica sobre a arca de Noé seja verdadeira ou pelo menos não é absurda, como alguns afirmam. Vimos relatos na história antiga e também moderna sobre a arca. Mostramos as dimensões da arca e sua capacidade para armazenar os todos os animais propostos e também a cronologia do dilúvio.
REFERÊNCIAS
1- Flávio Josefo, Livro I, Capítulo III, Parágrafo 4.
2- Folha Criacionista nº 23
Por Francisco Tourinho
REFERÊNCIAS
1- Flávio Josefo, Livro I, Capítulo III, Parágrafo 4.
2- Folha Criacionista nº 23
Por Francisco Tourinho
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